terça-feira, 27 de setembro de 2011

BICHODÁRIO




 


























Variação Linguística

Trabalhei este encontro que teve como tema a variação linguística e as relações desse fenômeno com o ensino e a aprendizagem da escrita. Relatei a importância que este conteúdo tem na fase de alfabetização. Iniciei trazendo questões do Fascículo 07 – Modos de Falar Modos de Escrever. Instiguei as professoras sobre a importância de trabalhar a oralidade com os alunos e como fazer para não confundir a questão da variação com problemas na fala. Observei que o fascículo traz vários diálogos sobre um projeto realizado por uma professora. Procurei no site e encontrei o vídeo no site do MEC:

Após as discussões sobre o tema que foram muito ricas, pois as educadoras deram diversos exemplos de falas de seus alunos e citaram suas próprias diferenças. Por exemplo: tenho uma cursista que puxa muito o fonema /r/ e que quando criança ela era motivo de piada. Segundo seu relato, ela teve que se policiar principalmente quando iniciou sua profissão. Outra questão e que inclusive foi muito polêmica, é de professores vindos de outros estados, como o nordeste por exemplo, uma população muito grande que está migrando para nosso município. Elas têm visto muitos professores com sotaque muito grande e que não acham legal, pois implica no processo de alfabetização dos alunos. Deixei-as bem soltas para debaterem.

Após passei o vídeo do personagem Chico Bento. Nesta história mostrou a simplicidade do garoto aos passear na cidade grande e de como a questão cultural muda muito. Com isso discutiu-se a importância de não haver preconceito com crianças como o Chico. Que se deve haver o cuidado possibilitando ao aluno o domínio da escrita de sua língua materna e o conhecimento da variedade padrão de fala.

No segundo dia passei os slides propostos na plataforma e em seguida, pedi que em duplas realizassem as atividades. Quando as mesmas terminaram, discutiu-se no grande grupo todas as perguntas.
Perguntei que tipos de atividades podem ser realizadas e que permitam às crianças entender que, embora os grupos sociais falem de modo diferente, a escrita é uma só.

Entre elas surgiu Histórias em Quadrinhos; Gravação de entrevista com os mais velhos, avós, tios para perceber a fala, estudo sobre demais regiões do país, filmes, etc.

Foi uma aula interessante e ao propor a atividade com o objetivo de favorecer ao cursista um conhecimento mais efetivo sobre as formas de falar de seus alunos, o que tem profundas relações com o meio cultural em que eles vivem, a maioria confirmou que um questionário similar é entregue aos pais na hora da matrícula. Achei interessante o interesse da escola em perceber a cultura de seus alunos.

Apropriação da Escrita

Datas do Encontro: 31/05 e 07/06
Horário: 18h às 22h

            Mesmo com o frio intenso mantemos nossa estima para dar um passo a frente na busca de uma educação de qualidade. E buscando proporcionar o mesmo para as educadoras que perpassam as dificuldades para estar conosco nos encontros, tentei proporcionar dois encontros envolventes e dinâmicos.

            Inicialmente passei o Vídeo Vida Maria onde realizamos uma reflexão sobre o que estamos fazendo com nossos alunos e o que podemos fazer além, para salvarmos as “Marias” existentes nas nossas salas de aula. Em seguida passei a elas o “Funk das Boquinhas”, CD que mostra todos os sons que de cada letra do alfabeto em forma de música. Criei um CD para cada cursista trabalhar com os alunos. Em seguida passei os slides sobre a Apropriação da Escrita. É interessante ver a reação das professoras ao entrar em contato com algumas atividades diferentes. Todas pediram os slides para ajudar no planejamento. Ressaltei a todo o momento a importância de trabalhar estas atividades através dos projetos realizados por elas. Falei que poderiam ter as atividades como base mas que deveriam ser moldadas aos projetos de trabalhos.


Trouxe a elas também o livro Bichodário que tínhamos em nossa biblioteca. Foi uma aula bem dinâmica. Retomei pontos importantes dos projetos. Infelizmente sei que tive duas professoras que desistiram do curso por terem que refazer seu projeto, o que é triste e nos desmotiva. Mas as que ainda estão participando demonstram a todo instante a importância do curso, levando a sério o que é proposto. Como diz a professora Mary, é uma sementinha que estamos plantando.

            Na segunda noite, propus uma noite denominada de Oficina de jogos e atividades. Pedi para trazerem seus projetos e exemplos de atividades para socializarem com as colegas. Elas adoraram e pediram para ter mais noites assim. A discussão em grupo é rica por este motivo, pela socialização e intercâmbio de idéias que vão surgindo.

            Elas elaboraram as atividades propostas na plataforma e foram para casa com muitos exemplos com caminhos diferentes e novas estratégias para a intervenção na sala de aula. O foco principal foi o domínio do sistema alfabético, compreender a natureza alfabética do sistema de escrita.  No início foi um pouco difícil, pois é como falo pra elas, trabalhar com projetos é trabalhoso, mas o resultado final é gratificante.


Entrevi em cada grupo com sugestões de acréscimos e/ou de mudanças. Levei sugestões e pedi para que analisassem as atividades sempre com o foco nos projetos.

Não houve o tempo para terminar durante o horário, mas elas levaram as atividades para casa e trouxeram para socialização no próximo encontro.

Cultura Escrita

Datas do Encontro: 10/05/2011 e 23/05/2011
Horário: 18h às 22h

            Iniciei o encontro com poucas alunas, devido a  uma grande chuva ocasionada neste dia. Em um círculo pedi às professoras que lêssemos a  Unidade II do Fascículo 1, nas seções das páginas 14 a 23. Foi um pouco cansativo, mas podemos discutir várias questões.
            Realizai a dinâmica do nome, através de um alfabeto em códigos. Expliquei que a reação das mesmas em descobrir seus nomes, é a mesma dos alunos aos entrarem em contato com o mundo das letras. O encontro foi de muita leitura e discussão no que se refere “à cultura escrita”.
            Já no encontro seguinte realizado no dia 23 de maio, montei um espaço com a “Caixa de Linguagem”, com muitos livros e de diversos gêneros, e algumas atividades de letramento para alimentar a autoestima das educadoras, pois notei que muitas desistiram com a desculpa de ser muito frio, dos filhos estarem doente, por não conseguir conciliar as tarefas.
            Neste encontro passei os slides, pedido na plataforma e realizei a Dinâmica da música Bichinhos de Cordão. Foi uma festa e muito interessante a dificuldade de coordenação motora que muitas tiveram, ressaltando a importância destes tipos de atividades.
            Também levei a elas, o que vou chamar de atividade lúdica, o Velcro para as crianças poderem escrever e desenhar, estimulando assim a atividade motora. As professoras adoraram, e eu sorteei um para elas.  
            Pedi então para pegarem seus projetos e nos grupos realizarem as atividades propostas. Houve reclamações de muita atividade para realizar com os alunos, então pedi calma e muita tranqüilidade para que os mesmos possam ser realizados com clareza.